O
filme O nome da rosa é baseado no romance dramático escrito por Umberto Eco, foi lançado em 1986 e sua narrativa ocorre no ano 1937. Ela acontece do ponto de vista do assistente Adson, de um experiente monge
franciscano Willian de Baskerville o qual foi chamado secretamente a um antigo
mosteiro na Itália para investigar a estranha morte de um dos internos, antes
que a inquisição chegasse para fazer a investigação oficial, até então a
explicação da morte foi atribuída a entidades espirituais.
Enquanto
Willian de Baskerville personagem inspirado em Sherlok Holmes tentava
solucionar a morte, chegando quase a concluir que não fora suicídio, outra
morte acontece e o corpo é colocado em uma tina usada para sacrificar animais, a
partir daí outras cinco mortes acontecem e Willian de Baskerville descobre que
essas mortes estão ligadas diretamente a uma biblioteca que tem no mosteiro a
qual teria o acervo mais rico de toda a Europa, porém apenas o bibliotecário
tem acesso permitido à biblioteca.
Willian
de Baskerville descobre que das sete pessoas que morreram algumas apresentam
sinais de envenenamento concluindo que havia especificamente um livro proibido
o qual teria sido envenenado para que o seu conteúdo considerado herético pela
igreja não fosse repassado (o livro era ”A comédia” de Aristóteles, o enredo do
livro acontece no século XVI durante idade média quando florescia o
renascimento). Willian conta os fatos para o monge superior e exige acesso a
biblioteca, porém o monge nega alegando que a “santa” inquisição está as
portas. Ao chegar, o inquisitor condena três pessoas as quais sobre tortura
confessaram os crimes, inclusive uma mulher com quem Adson, o assistente de
Willian, teve um rápido envolvimento, fato que por alguns momentos colocou sua
vocação á prova.
Mesmo
Willian estando na mira da inquisição por já ter sido inquisitor e quase
condenado a morte por ter absorvido um tradutor grego por ter traduzido um
livro condenado pelo domínio da igreja não desistiu de provar o que estaria de
fato acontecendo, durante o julgamento seguiu para a biblioteca encontrando
Jorge, um velho antigo morador do mosteiro. Ele foge para não ter seus crimes
descobertos e acaba provocando
acidentalmente, um incêndio. Por conta da distração dos guardas, preocupados em
apagar o fogo, a mulher conseguira fugir, mas os outros dois condenados são
mortos pela inquisição e o inquisitor Bernado Gui acaba sendo morto pelos
furiosos camponeses dominados e reprimidos pela forte mão da igreja, já Willian
e seu assistente conseguem se salvar do incêndio e seguem suas vidas.
Esse
livro faz uma excelente reflexão sobre o domínio da igreja católica sobre o
povo e suas absurdas atrocidades. Durante a idade média, a proposta da igreja
era manter o povo distante do saber para que esse não aprendesse a pensar, desconsiderar
qualquer coisa que fosse de encontro ao seu domínio, nunca questionar o poder e
o governo da igreja católica sobre suas vidas. Muitas pessoas pagaram o preço tendo
suas vidas sacrificadas pela “santa” inquisição tentando romper com a “caverna”
em que a igreja enclausurou as pessoas durante tanto tempo, além desse
enclausuramento levou essas pessoas a viverem em estado de miséria. Nesse
ponto, vale a pena ressaltar a posição da mulher camponesa a qual Umberto Eco
retrata de maneira brilhante em seu livro, trazendo-nos a reflexão do quanto
nós mulheres avançamos em todos os aspectos.
O
que percebemos atualmente é que o Estado se colocou no lugar da igreja lançando
mão de algumas ferramentas para chegar ao mesmo denominador, a exemplo, não
investe o que é necessário na educação, para que as pessoas não reflitam sobre
as condições a que são subjugadas, assim o estado robustece-se cada vez mais e
o povo fica cada vez mais pobre refém de
sua própria ignorância. Quanto à igreja católica, ah! Essa segue mantendo sua
“pose” de santa, negando seu passado sombrio. Quanto à religião vale a pena
ressaltar a sua importância na vida humana quando não se envolve com o Estado,
podendo até corroborar com o conhecimento cientifico, contribui para uma
sociedade equilibrada, saudável e mais igualitária.
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
: O NOME DA ROSA (Der Name der Rose – filme original). Direção: Jean-Jacques Annaud. Produção: Bernd Eichinger, Jake Eberts, Tomas Schuly.
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